Quem ainda não viu ou ouviu falar sobre MMA (sigla em inglês de Mixed Martial Arts), o esporte que mais cresce no momento, tendo como principal evento da atualidade o Ultimate Fighting Championship, mais conhecido como UFC?
A popularidade desta modalidade esportiva cresce em nível mundial, a medida que seus organizadores se esforçam para levar a marca UFC para países como Suécia, Afeganistão e sem deixar de fora, ao nosso país também. Aqui no Brasil já temos emissoras de TV colocando em sua grade de programação semanal não somente o evento, mas também derivados do UFC como o reality show The Ultimate Fighter Brasil, Em Busca de Campeões; rompendo a barreira dos canais fechados, os ditos por assinatura.
A grande pergunta é: o que o crente tem a ver com isso?
Não é difícil encontrar admiradores desse esporte em nossas igrejas e muito menos pastores que conhecem pelo nome os atletas brasileiros e estrangeiros, sem mencionar o número grande de atletas cristãos que professam sua fé diante das câmeras de TV em entrevistas para todas as mídias conhecidas, tendo como o atleta Vitor Belfort um dos que fazem questão de deixar claro sua preferência por Cristo em suas entrevistas.
Igrejas já usaram o MMA nacional como instrumento de evangelismo, como a Igreja Apostólica Vida Nova, em São Paulo, que promoveu o 1° Power Fight, com o objetivo de aliar a boa aceitação do esporte à oportunidade de pregar a Palavra de Deus, descrito em matéria pelo site Lagoinha.com.
Há também os que criticam negativamente, não somente o esporte, mas os que o admiram, por considerar o esporte violento pela contundência dos golpes aplicados que causam muitas vezes ferimentos na face e pelo corpo dos atletas. Dessa forma temos a polêmica gerada em nosso contexto.
Primeiramente devemos ressaltar que na estória do UFC, desde 1993 para cá tivemos uma evolução nas regras do esporte visando a segurança dos atletas que no início disputavam lutas sem limite de tempo, valendo literalmente tudo dentro da arena mais conhecida como octógono, o esporte até então era conhecido como Vale-Tudo, os atletas lutavam mais de uma luta por noite e chegando ao fim para uma disputa final sem divisão por categorias de peso.
Atualmente as regras obedecem a padrões internacionais como o Boxe, tendo rounds, intervenção de árbitros para movimentarem as lutas e interromper para decretar o término da disputa, categorias de peso, etc...
O nível dos atletas também evoluiu, forçando aos combatentes se aprimorarem em diversas modalidades de lutas, tornando-os melhores defensivamente e ofensivamente tanto em pé, como no chão.
Trazendo à luz da Palavra o que poderíamos usar como exortação à prática ou à apologia?
Segundo a matéria na Lagoinha.com de Roberto Gonçalves – pastor da Rede de Jovens e Adolescentes da Vida Nova, ele escreve: “Falar de Jesus sempre é um grande desafio. Principalmente quando estamos falando sobre pessoas que dificilmente aceitariam um convite para visitar sua igreja. Paulo deixa uma lição muito interessante quando fala: “…Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele” 1 Coríntios 9:22-23 e Jesus, em Lucas 14:23 disse: “Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa”. Tomando isso como uma verdade na nossa vida, precisamos buscar ferramentas para divulgar o evangelho. Claro que sem deixar a nossa vida com Deus de lado. Jamais tocar na Santidade!
Ele deixa claro a utilização do MMA com ferramenta de evangelismo devido ao seu sucesso e penetração no público jovem, grupo esse que representa para a Igreja um alvo importante na renovação do número de fiéis a Cristo.
Poderíamos citar Paulo: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." 1Coríntios 10:23.
Porém eu não creio que a prática do esporte ou ser um admirador dela, lhe tornaria mais ou menos no Reino de Deus, creio que Paulo se referia a práticas que desmoralizem o filho de Deus perante ao próprio Pai, práticas legais e ilegais que envergonham ao Reino de Deus junto aos que desconhecem o Caminho da Verdade, tudo que é colocado em primeiro lugar em sua vida com o Senhor (idolatria), teologias que te aprisionam ao sucesso na vida mundana e que te prometem a benção a qualquer custo...
Enfim, creio que o Reino de Deus deve ser tomado por esforço e apresentado com igualmente força, a nossa vida mundana não deve interferir em nossa vida com Deus, sejamos lutadores, professores, advogados, médicos, políticos, policiais, etc... o povo de Deus deveria se preocupar um pouco mais em resgatar ovelhas perdidas e desgarradas ao invés de ficar buscando lobos e matilhas em nosso meio.
Meditemos em: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:2
